segunda-feira, fevereiro 05, 2007
Nos teus olhos, em chama, vejo arder
a fogueira insensível da fadiga.
Desprendem-se e ao teu colo vão morrer
pedaços e faúlhas de uma vida.
Só resistem, fogachos de outros risos
em teu peito, escondidos sem alento.
As lágrimas, são cinzas de sorrisos
que soltas, bailam, dançam com o vento.
Dilacera-te o peito e o coração
se teu segredo entrar em combustão
e implodir a fachada do teu rosto.
Por desgosto, ateaste fogo posto,
e arquitectaste, a tese de acidente.
Mas amor decadente, nunca mente.
a fogueira insensível da fadiga.
Desprendem-se e ao teu colo vão morrer
pedaços e faúlhas de uma vida.
Só resistem, fogachos de outros risos
em teu peito, escondidos sem alento.
As lágrimas, são cinzas de sorrisos
que soltas, bailam, dançam com o vento.
Dilacera-te o peito e o coração
se teu segredo entrar em combustão
e implodir a fachada do teu rosto.
Por desgosto, ateaste fogo posto,
e arquitectaste, a tese de acidente.
Mas amor decadente, nunca mente.
Descobri na “gaveta” um soneto escrito em Julho de 2005.
Originalmente a ideia era ficcionar uma história sobre duas almas perdidas nos trilhos da rotina. Uma das almas veria no rosto da outra a decepcionante fadiga, e de forma impotente, assistiria à decadência do amor sem a possibilidade de imputar culpas ou de se sentir culpado/a.
Agora que reli, eu tenho uma outra visão, imagino uma alma solitária, que fala consigo próprio/a ao espelho, fazendo confissões de desencanto, sem coragem para dizer à sua alma metade, metade do que lhe vai na alma.
Originalmente a ideia era ficcionar uma história sobre duas almas perdidas nos trilhos da rotina. Uma das almas veria no rosto da outra a decepcionante fadiga, e de forma impotente, assistiria à decadência do amor sem a possibilidade de imputar culpas ou de se sentir culpado/a.
Agora que reli, eu tenho uma outra visão, imagino uma alma solitária, que fala consigo próprio/a ao espelho, fazendo confissões de desencanto, sem coragem para dizer à sua alma metade, metade do que lhe vai na alma.