quarta-feira, maio 09, 2007
O ponteiro das horas
é um incómodo espinho peculiar.

Vive um segundo espinho na garganta, espetado.
Há um terceiro espinho nas palavras, degolado.
Um quarto e um quinto espinho,
na nave da catedral conversam
de braços cruzados,
sobre o mar de horas de espinhos acossados.

Tudo o que me resta é uma rosa
de espinhos condensada
na minha algibeira esfarrapada.

Talvez sangre um verso ou um pensamento.

Na mão o caderno livre de apontamentos
é o meu maior espinho.
A ausência de declarados sentimentos.
 
posted by lucas nihil at 1:29 AM |
quinta-feira, maio 03, 2007
Como um andarilho
Que procura o sarilho
No balanço do trapézio
Ou na ausência da rede

Não posso denegar
Os teus olhos cheiram a mar
 
posted by lucas nihil at 2:43 AM |