quinta-feira, junho 01, 2006
Eu fui a trote no meu cavalo
voando sobre nuvens
de desespero
segurando as suas crinas de solidão
enquanto o meu coração
se debruçava sobre o seu dorso
sentia o meu peito em fogo
a quebrar em dor

sobre a imensidão do ruído branco que respiro
com maldade
perfurei as esporas na minha carne
obrigando o meu cavalo à fúria do galope

o meu cavalo lambe do mar o sal
e salpica-me com a espuma das lágrimas
que tudo fere e tudo cura
cavalga sobre os sulcos da minha pele
que o suor dos meus poros a minha vontade impele
 
posted by lucas nihil at 10:54 PM |